domingo, 6 de junho de 2010

A invenção do Urbano - Pechman

No texto “A invenção do Urbano”, Robert Pechman faz a distinção entre cidade e urbano, termo que data da virada do século XVIII para ao XIX. O autor explicita as diferentes funções que a cidade exerce ao longo do tempo, na idade média libertavam e na era industrial civilizavam. Contudo, esse espaço também era lócus dos vícios, da devassidão, exploração e desperdício, se revelando um espaço muitas vezes contraditório. Que não faz juízo a filosofia iluminista que agrega a cidade qualidades como virtude, cidadania e civilização.
Para explicitar a diferença entre cidade e urbano, Pechman explica que o urbano não surge com a cidade, nem necessariamente esta presente onde ela esta, mas que para existir ele depende dela. O urbano é uma ruptura com a cidade, é a idéia de construir um novo objeto, a partir do ponto onde as manifestações se separam de sua origem, no intuito de conferir sentido ao espaço, mas não concretamente, e sim no campo das representações.O urbano não pode ser visto como a cidade, pois ele agrega mais que a cidade em si, é composto também por suas manifestações e expressões e tem como função conhecer e intervir na vida social,
No século XIX para se elaborar uma visão de mundo e de sociedade, toma-se como ponto de partida a cidade como expressão física e o urbano como “síntese das múltiplas relações tecidas nesse espaço” (Pechman, 1991). Esse conceito passa a dar conta da dinâmica social e intervir nela, sendo capaz de impor uma nova ordem social que coloca a baixo a cidade como espaço de libertação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário