domingo, 1 de agosto de 2010

Projeto Porto Maravilha- Emanuele Cristina D. Melo




O Projeto Porto Maravilha é um plano de revitalização da Região Portuária do Rio de Janeiro, que há tempos sofre com o seu abandono. Nesse projeto são apresentados como principais metas: o embelezamento, a reativação da economia, uma melhoria na infra-estrutura e a implantação de moradias e serviços, com o intuito de transformar a área em um pólo turístico e de investimento.
Foram muitas as tentativas de implantação de obras semelhantes em governos anteriores, os quais nunca foram levados à frente. Desta vez parece que o projeto terá um desfecho diferente, levando em consideração que o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, já sancionou dois projetos de lei que viabilizam a continuidade do plano.
“No primeiro, a lei fixa parâmetros que regulamentam a emissão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (CPACs) através da Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio, viabilizando o projeto de revitalização da área.”¹ A qual trará grande arrecadação junto ao governo.
“O segundo projeto de lei cria a Companhia de Desenvolvimento dos Portos que controlará todo o dinheiro arrecadado com as CEPACs e do leilão de imóveis pertencentes à prefeitura.”¹
O projeto também foi pensado para que a qualidade de vida do cidadão residente do Rio de Janeiro possa melhorar, pois alem das obras na região, é necessária também uma melhoria da infra-estrutura ao redor, para que seja facilitado o acesso a essa área e assim desafogar o transito de vias importantes com o a Avenida Brasil.
No âmbito da cultura observam-se esforços para a criação de um museu no Píer Mauá, o qual se chamaria Museu do Amanhã, e a revitalização do Palácio D. João VI para a criação de uma Pinacoteca. Já no campo do entretenimento seriam criados alguns programas como o AquaRio, que seria o maior aquário da América Latina. Serão construídas também, mais de 400 casas no bairro da Gamboa e da Saúde para a população.
Para atrair investidores de todos os tipos para a região após as obras, o governo pensa em implantar um sistema de isenção de impostos, o que é sempre alvo de muita discussão, já que ao mesmo tempo em que beneficia empresas privadas para desenvolver a economia local, cria um buraco na arrecadação podendo acentuar mais os problemas da previdência.
Assim como todo projeto ambicioso, esse também cria muita polemica devido aos grandes gastos gerados, ainda que sejam usados recursos privados em algumas partes, sabe-se que a maioria dos recursos viriam dos governos Federal e Estadual, dinheiro esse, que para muitos, deveria ser investidos em setores mais carentes e urgentes como, Educação e Saúde.
Esse projeto visa, sobretudo, o embelezamento da cidade, estão querendo deixar a cidade Maravilhosa sem "Caos"!!

¹http://www0.rio.rj.gov.br/ipp/

... O contraste, a beleza e o caos do Rio...

Durante esse período tentei conciliar, ou melhor, enxergar o que autores como Vainer e Harvey afirmam em seus estudos sobre a cidade. Pude entender a diferença entre cidade e urbano, que muitos pensam ser a mesma coisa. Pois eu lhes digo, meus amigos! Segundo Pechman, urbano é um estilo de vida... E mais, este autor afirma que a cidade não depende do urbano para existir, mas que sem a cidade, o urbano simplesmente não é nada.
Fui a fundo tentando mostrar os contrastes do Rio de Janeiro, essa cidade maravilhosa, que poucos podem comprar. O Rio de Janeiro da beleza e do caos é a minha cidade. É o local onde vivo, onde passo, onde fico. Mas segundo Vainer não é feita pra mim, para os meus interesses. Mas sim para quem pode, para quem interessa, para quem tem, o que eu assim como a maioria dos cariocas não tenho, capital.
Um exemplo claro é a construção da Linha 4 do Metrô, que segundo o Arquiteto Sérgio Magalhães se configura como um absurdo desperdício de dinheiro público. Já que uma alternativa mais rentável seria a adaptação das linhas de trem existentes em toda a cidade, que beneficiaria toda população que depende do transporte público para sua locomoção. Contudo, não podemos esquecer que na Barra da Tijuca estão as "pessoas" capazes de pagar pelo produto oferecido pelos governantes da cidade maravilhosa. Ou seriam empresários dessa cidade? Empresários ou governantes? Acho que empresários, se levarmos em conta a transição da governança para o empresariamento.
E o curioso é que mesmo em meio a todo esse caos, o Rio de Janeiro continua lindo! Mesmo mesclando a beleza das praias com os barracos das favelas. Porque, por mais que tentem vender a cidade a quem os interessa, ela pertence aos cariocas que não abrem mão de usufruir das maravilhas que o Rio de Janeiro oferece em meio ao caos. Afinal, quem não admira o Pão de Açúcar num engarrafamento no Aterro, ou não se admira com as luzes do Pavão Pavãozinho ao passear a noite por Ipanema?!?! A cidade maravilhosa é esse contraste entre o belo e o caótico, entre a riqueza e a pobreza, entre o morro e o asfalto.


Por Marcela de Mesquita Campana

terça-feira, 27 de julho de 2010

O Problema no Rio e em Niterói

VANESSA CARNEIRO GARCIA

As grandes favelas de do Rio de Janeiro e Niterói surgiram e cresceram em áreas públicas. É o caso dos Morros do Estado, do Cavalão, do Preventório e da Favela do Sabão. Na década de 90, o então prefeito João Sampaio desapropriou uma área em frente ao Morro do Bumba para instalar ali o novo aterro sanitário de Niterói. O local, contudo, foi invadido e hoje é uma favela de casas de alvenaria.
O Morro do Bumba em Niterói, abrigou de 1970 até 1986 o segundo lixão no bairro Viçoso Jardim. . O primeiro funcionou durante muitos anos no aterrado São Lourenço, localizado no mesmo bairro e hoje encontra-se totalmente urbanizado.
Com o saturamento do lixão do Morro do Bumba, no final do governo de Wellington Moreira Franco, a prefeitura procurou uma nova opção para dar destino final ao lixo da cidade, sendo a primeira tentativa levar os detritos para o aterro sanitário do Engenho Pequeno, em São Gonçalo, onde a prefeitura niteroiense chegou a investir, na época R$ 600 mil.
A comunidade local, no entanto, reagiu, e, durante dois anos Niterói levou seu lixo para o aterro sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias.
Com a desativação do lixão no Morro do Bumba, foi proibida a ocupação do local, no governo Waldernir Bragança, mas aos poucos, por falta de fiscalização, foram construídas pequenas casas de alvenaria.
Atualmente, o lixo da cidade é depositado no Morro do Céu, próximo ao local onde ocorreu o deslizamento. O aterro, no alto de um morro, foi construído sob protesto de ambientalistas e foi alvo de várias ações na Justiça. Antes de ser controlado, o aterro atraiu muitos catadores, que acabaram ocupando áreas próximas para construir suas casas, inclusive no Morro do Bumba.
Completamente urbanizado, o município de Niterói enfrenta, desde a década de 70, quando a população era bem menor, um grande problema: um local apropriado para depositar seu lixo. Com o aterro sanitário do Morro do Céu praticamente saturado, a opção é levar o lixo para o aterro sanitário metropolitano que está sendo construído em Itaboraí para receber o lixo de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Mas já existem reações de moradores da cidade contra a instalação do aterro no município.
As violações aos direitos humanos dos menos favorecidos economicamente constituem um processo longo e antigo, que remonta às políticas sanitaristas e higienistas do final do século XIX e do início do século XX. Hoje, a questão ainda é recorrente, e por não ser tratada corretamente, se reflete na criminalização dessa parcela da população que lutam de forma legítima pelo direito da moradia adequada.
O pensamento burguês pregava que os atos de moradia dos pobres era nocivo a sociedade, já que para eles as habitações coletivas seriam focos de erradicação de epidemias, além de, naturalmente, serem terrenos férteis para propagação de vícios de todos os tipos e de serem estigmatizados como uma classe perigosa. Esta ideologia acabou expulsando as famílias “os pobres” para loteamentos distantes de seu local de trabalho e para as encostas dos morros e favelas, o que dificultava o acesso a sua reprodução. Tendo em vista que as oportunidades de trabalho estavam concentradas no centro e suas mediações, essa situação perpetua-se até a atualidade.
É uma das finalidades dos movimentos sociais lutar para que o Estado reconheça essas famílias como cidadãos e que possuem direito e acesso a moradia, já que em defesa da propriedade privada o Estado expulsa e criminaliza essa parcela da população ao invés de desempenhar o seu papel em garantia da cidadania.
A crise no setor habitacional é recorrente no Brasil, e isso pode ser percebido de acordo com o aumento das favelas, cortiços, etc. Em contrapartida, o mercado da construção civil é um dos mais rentáveis na atualidade, e a aquisição de imóveis a elevados preços se tornou uma forma de acumulação de riquezas, ou seja, de um lado temos uma grande parte da população que tem poucos recursos para garantir seus direitos e suprir suas necessidades, e de outro temos uma pequena parcela da população que vê a aquisição de imóveis como uma forma de investir no seu dinheiro.
Isto retrata o Rio de Janeiro, que com a conjuntura neoliberal desencadeia o rebaixamento dos salários, além de grandes índices de desempregos e trabalhos precarizados, que faz com o que os trabalhadores por terem uma baixa remuneração necessitam de reduzir custos nas condições de vida tendo que procurar dentre outras medidas, lugares alternativos para garantir o acesso ao direito fundamental à moradia.
O Estado neliberal atende aos interesses do capital o que garante a propriedade privada, então necessita das condições urbanas para reprodução do capital, ou seja, o alto custo das moradias é de grande importância para o Estado sendo esse o motivo da falta de responsabilização do mesmo pela população mais desfavorecida socialmente permitindo assim a proliferação das favelas onde as pessoas geralmente vivem em situações de risco de vida, de forma precária e excluído socialmente.
O Rio de Janeiro, local que abriga a maior favela da América Latina, passou por um estado de calamidade pública no mês de Abril. Na manhã de terça feira dia 06/04/2010 o Rio de Janeiro amanheceu em situação crítica. A enchente que se iniciou na noite de segunda alagou a cidade e toda região metropolitana também sofreu as conseqüências de várias horas ininterruptas de chuva. Grande parte do Estado parou literalmente, o deslocamento para a cidade foi inviável, o trânsito que comumente apresenta problemas, praticamente não funcionou e as autoridades pediram que as pessoas ficassem em suas casas. Como se não bastasse todas as conseqüências trazidas por esse longo temporal, como muitas pessoas desabrigadas, desapropriadas e até mortas na noite de quarta feira dia 08/04/2010 uma parte do Morro do Bumba localizado na cidade de Niterói deslizou, aterrando mais de cinqüenta casas e centenas de pessoas.
A tragédia foi acompanhada de perto pela população através da cobertura constante da mídia que a todo o momento atualizava os números de vítimas e as estatísticas dos danos ocorridos pela enchente. O descaso das autoridades com a grande quantidade de moradores que ainda estavam na região e corriam perigo iminente das chuvas, estava ligada as conseqüências políticas, travando uma disputa de interesses em que a população como sempre parece não ter o cuidado prioritário.
Embora as autoridades digam que os fenômenos naturais são inevitáveis é possível e cabe aos governantes criarem mecanismos que estude e trabalhe os estragos que podem ocorrer com esses fenômenos. As enchentes causaram prejuízos irreparáveis principalmente as camadas mais vulneráveis da sociedade, uma vez que essas pessoas vivem próximas as encostas, e não tem condições de sair de suas casas em busca de um local mais digno para viver. Os principais impactos causados pelas chuvas na população, como assinala o jornal Folha de São Paulo, são os prejuízos e perdas materiais e humanas; interrupção da atividade econômica das áreas inundadas; contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose, cólera, etc; contaminação da água pela inundação de depósito de material tóxico, estações de tratamento, entre outros.
Em entrevista a revista Veja o Secretário de Saúde e Defesa Civil, Sergio Côrtes, fez uma defesa radical da retirada das famílias que ocupam áreas de risco. Segundo o Secretário “É preciso investir com seriedade e sem paternalismo nessas áreas. A remoção é a única maneira de garantir que não ocorram mais mortes nos deslizamentos que, muitas vezes, são inevitáveis em encosta íngremes. O secretário se disse impressionado com as dimensões da tragédia.” Pela primeira vez choveu tanto em tão pouco tempo no Rio. Mas não pode ignorar o fato de que 90% dessas mortes ocorreram exatamente porque as pessoas estavam em áreas que não deviam ser ocupadas. E todos sabemos que foram décadas de incentivo a essas ocupações ou, no mínimo, omissão dos governantes”. Diz o Secretário.
Em vez de impedir a ocupação irregular do antigo lixão, o poder público acabou por incentivar a ocupação. Como por exemplo,o Morro do Bumba que a Cedae, no governo Leonel Brizola, fez sua primeira grande obra de saneamento em Niterói, levando para o local, de helicóptero, uma grande caixa de água para atender aos moradores. Logo depois, Brizola levou para o Bumba o programa Uma Luz na Escuridão. Mais tarde, a prefeitura construiu uma escola municipal e levou para a comunidade o programa Médico de Família. O local ganhou uma grande quara poliesportiva, uma creche e outros equipamentos públicos.
De acordo com o Jornal O Fluminense “Muitos políticos apoiaram a construção de imóveis na região inclusive com doações de materiais para a população.
Moradores do Morro do Bumba em Niterói, Região Metropolitana do Rio, reclamaram da falta de informação e de agilidade dos órgão públicos competentes para dar soluções as vitimas da tragédia que ocorreu na comunidade. As principais críticas são quanto a estrutura nos abrigos provisórios, nas escolas municipais, ao pagamento do aluguel social e as vistorias nas casas pela Defesa Civil de Niterói.
Em uma entrevista realizada pelo G1, do Rio “muitos moradores que perderam ou tiveram as casas interditadas reclamam da lotação e da falta de estrutura nos abrigos. As pessoas estão voltando para as casas que a Defesa Civil mandou desabrigar. As igrejas próximas ao morro não tem mais vagas, disse o autônomo Marcos José Araujo, de 32 anos. Desde 2003, ele mora no Morro do Bumba com a irmã e dois sobrinhos pequenos. A casa deles é uma das que a Defesa Civil mandou evacoar. Entretanto, Araujo diz que a Defesa Civil nem se quer vistoriou a casa dele. O pessoal da Defesa Civil só passou olhando dizendo que as casas estavam condenadas”, contou.
Outra situação foi apresentada pelo jornal extra de sexta feira, 23 de abril de 2010, em que moradores da comunidade da Garganta, também em Niterói, afirmam que estão sendo obrigados a apresentar título de eleitor para receber o aluguel social.
É incoerente essa exigência por parte dos órgãos públicos já que os mesmos solicitaram a população a que desocupassem suas residências, além disso, muitos perderam todos os seus documentos.
Analisar alguns aspectos relevantes sobre a problemática que envolve o caso das enchentes no Estado do Rio de Janeiro como, por exemplo, para onde vão as famílias que não tem condições de ficarem nas casas que foram consideradas de risco ou as que perderam além dos familiares o local de moradia, a história o vínculo com o local e até mesmo a identidade. Alguns questionamentos ecoam sobre as nossas cabeças em busca de possíveis respostas. Como, por exemplo, O aluguel social não irá beneficiar a todos as pessoas que sofreram com a enchentes então as pessoas do morro do Bumba ganharão casas, mas e o restante das pessoas que foram atingidas em outras regiões, por exemplo como ficarão?
Os governantes deveriam investigar e criar além de uma política que incorpore elementos básicos de sobrevivências como: saúde, saneamento, educação pensar para onde essas pessoas vão ser remanejadas ou se ficarem nas suas casas se terão acesso a creches, emprego entre outros fatores.
Além de apoio psicológico como de extrema importância para a recuperação dessas pessoas.
Cidade Maravilhosa ou Caos quando se trata de direios dos Cidadãos??
A cidade que possui uma grande riqueza e sendo o cartão postal do Brasil com tanta beleza, possui também um verdadeiro caos se tratando de cidadania.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

ZEROVINTEUM (021) - Rio de Janeiro

Rio, cidade-desespero
A vida é boa mas só vive quem não tem medo
Olho aberto malandragem não tem dó
Rio de Janeiro, cidade hardcore.
Arrastão na praia não tem problema algum
Chacina de menores é aqui 021
Polícia, cocaína, Comando Vermelho
Sarajevo é brincadeira, aqui é o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, demorô, é agora
Pra se virar tem que aprender na rua
O que não se aprende na escola
Segurança é subjetiva
Melhor ficar com um olho no padre e outro na missa
Situações acontecem sobre um calor inominável
Beleza convive lado a lado com um dia-dia miserável
Mesmo assim, não troco por lugar algum
Já disse: este é o meu lar.
Aqui, 021 "Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão"
É...
Rio de Janeiro
"Aqui fazem sua segurança assasinando menor"
É...
Rio de Janeiro
"A cidade é maravilhosa mas se liga, mermão"
É...
Rio de Janeiro
"Então fica de olho aberto malandragem não tem dó"
É...
Rio de Janeiro
É muito fácil falar de coisas tão belas
De frente pro mar mas de costas pra favela
De lá de cima o que se vê é um enorme mar de sangue
Chacinas brutais,uma porrada de gangue
O Pão de Açúcar de lá o diabo amassou
Esse é o Rio e se você não conhece, bacana,
Tome cuidado, as aparências enganam
Aqui a lei do silêncio fala mais alto
Te calam por bem ou vai pro mato
Mas de repente invadem a minha área, todos fardados
Eu tô ficando loco, ou tem alguma coisa errada?
Brincando com a vida do povo, então se liga na parada
Porque hoje ninguém sabe, ninguém viu.
Um dia alguns se cansam e "pow!", guerra civil
Porque como diz o ditado, quando 1 não quer 2 não brigam
Mas já que cê tá pedindo, segura a ira
Porque a cabeça é fria, mas o sangue não é de barata
Esse é o Rio, mermão, o veneno da lata.
How how how faz o Papai Noel
Pow pow pow e nego não vai pro céu
Digo V de veneta, lírica bereta
Black Alien e família, soem as trombetas
Tomando de assalto a cidade que brilha
Mãos ao alto, vamos dançar a quadrilha 288 é formação de quadrilha
Nome:Gustavo Ribeiro, a descrição do elemento
Primeiro é o olho vermelho, na mente, no momento
Como diz o Bispo, eu sou artista, esse é meu lixo
Acesso ao som restrito aos peritos
O dialeto se dito é um perigo, amigo
Para o consumo da alma sem abrigo
O ritmo e a raiva, a raiva e o ritmo
"Cuidado pra não se queimar na praia do arrastão"
É...
Rio de Janeiro
"Aqui fazem sua segurança assasinando menor"
É...
Rio de Janeiro
"A cidade é maravilhosa mas se liga, mermão"
É...
Rio de Janeiro
"Então fica de olho aberto malandragem não tem dó"
É...
Rio de Janeiro


Não sabia como iniciar a postagem sobre o assunto da morte de um menino de 11 anos na sala de aula de um CIEP Rubem Braga, Costa Barros na Zona Norte da cidade, que ocorreu devido a uma invasão polícial no Complexo da Pedreira. Quando me lembrei dessa música, do Planet Hemp, que muitas vezes realiza criticas vorazes ao atual sistema vigente, seja no campo da economia ou da política. Enfim, o que quero dizer é que numa cidade vendida como maravilhosa, epsódios como esse, de violência contra as camadas mais pauperizada da população ocorrem paulatinamente. Desse modo, cabe reproduzir aqui, novamente, um trecho mais específico da música acima que diz:

"Rio de Janeiro
É muito fácil falar de coisas tão belas
De frente pro mar mas de costas pra favela
De lá de cima o que se vê é um enorme mar de sangue
Chacinas brutais,uma porrada de gangue
O Pão de Açúcar de lá o diabo amassou
Esse é o Rio e se você não conhece, bacana,
Tome cuidado, as aparências enganam
Aqui a lei do silêncio fala mais alto
Te calam por bem ou vai pro mato
Mas de repente invadem a minha área, todos fardados
Eu tô ficando loco, ou tem alguma coisa errada?"

Como o nome do BLOG sugere, não postamos aqui durante esse período apenas a beleza da cidade, mas também epsódios de caos que aconteceram na cidade durante os últimos meses.

Texto: Repensando a "periferia" metropolitana à luz da mobilidade casa-trabalho


Autora: Luciana Corrêa do Lago

A autora trata do desfavorecimento das classes populares no contexto da metrópole, dando enfoque à redução do campo de possibilidades de acesso à moradia e ao trabalho e seus efeitos sobre a dinâmica urbana. Tendo como base as reflexões sobre a tese de que "estaria ocorrendo, no Brasil, uma crescente imobilidade espacial dos trabalhadores pobres no interior das cidades", e na tese que refere-se ao processo de crescimento e dinamização de sub-centros econômicos na "periferia" metropolitana do Rio de Janeiro, acompanhado pelo aumento e concentração da classe média nesses locais; E juntamente com base em algumas evidências estatísticas que segundo a autora, poderiam justificar a densificação das já existentes nas áreas centrais e suburbanas da Capital.
No que se refere as visões das desigualdades sócio-territoriais nas metrópoles brasileiras, a autora retrata a visão dual da metrópole, que na perspectiva crítica, esse espaço era a forma e a condição de integração na economia urbana dos trabalhadores pobres de países dependentes, condição essa que se dava fundamentalmente pelo acesso à situação de proprietários fundiários e aos meios de circulação casa/ trabalho (Kowarick, 1983).
A partir dos anos 80, a crise econômica/estatal e a valorizção das áreas periféricas consolidadas atingiram diretamente as formas de acesso à casa própria para diversos segmentos sociais de baixa renda. Lembrando que a incapacidade dos trabalhadores de fazer dívidas não se deve apenas à desvalorização dos salários frente ao acelerado proceso inflacionário no período, a instabilidade e aincerteza do rendimento mensal também foi outro fator relevante.
Tendo em vista a crise econômica e seus efeitos sobre as codições de reprodução social, os estudos urbanos recentes buscaram redefinir o modelo analítico "centro-periferia", com base em duas alterações centrais: 1-na escala da segregação, em funçaõ da redução da distância física entre ricos e pobres e 2-na natureza de segregação, seja pela auto-segregação das camadas superiores e médias na forma de enclaves desconectados da vida urbana local.
A importância dessa discussão está, além de mostrar as mudanças no padrão de desigualdades sócio-espaciais, resgatar para a reflexão acadêmica, o papel determinante da dimensão territorial, distância/proximidade, na reprodução das relações sociais.
De acordo com os gráficos expostos no texto, podemos verificar que a maioria dos trabalhadores de classes sociais mais baixas, residem longe dos centros urbanos, onde estão localizados as fontes de emprego e renda.
Por outro lado, verifica-se que os trabalhadores mais precarizados (ambulantes e biscateiros), que apresentaram um relativo aumento, entre 1991 e 2000, exercem seu trabalho, majoritariamente, no município de residência. Neste caso, a imobilidade desses trabalhadores precarizados, somada à imobilidade dos desempregados, estariam relacionadas à uma "descentralização perversa" de uma economia popular marcada pela precariedade das condições de trabalho.
A autora diz que as evidências apontadas no trabalho, indicam que somente o estudo mais detalhado e qualitativo sobre a diversidade das interações sociais no mundo popular e sobre a natureza das relações econômicas e políticas entre o centro e sua periferia, permitirá uma compreensão mais abrangente e profunda dos efeitos da "crise do trabalho" sobre as nossas históricas desigualdades sócio-territoriais.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Show do 50 Cent no Rio de Janeiro agita a Cidade!!!


foto: Roberto Filho/ AgNews

No último sábado, dia 17, o rapper americano veio ao Rio de Janeiro em sua turnê "The Invitation Tour" e animou o público carioca na Marina da Glória, Zona Sul da Cidade, esta foi a segunda vez em que o rapper veio ao Brasil, o show durou aproximadamente 70 minutos e estava previsto para começar à 1:00h da madrugada, porém teve início às 00:40h.
O palco principal e a área vip do evento também contaram com a presença de DJ´s do mesmo estilo musical de 50 Cent.O espaço foi dividido em pista, área VIP e camarotes. E de qualquer ambiente era possível ver e aproveitar o show. Telões foram localizados em pontos estratégicos para que ninguém fosse prejudicado.
Na platéia, o público que era em sua maioria jovem, usava roupas e acessórios no estilo do astro do hip-hop, como calças largas e cordões de prata. E quem agitou ainda mais a noite foi o jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, que também no estilo do cantor e convidado por ele, subiu no palco durante uma das músicas.
Já no lado de fora do evento, a agitação era pela procura de estacionamento e compra de ingressos. Quem não conseguiu chegar com antecedência ao local teve que enfrentar fila para estacionar, porém a venda de ingressos não foi dificuldade, diversos cambistas estavam próximos ao local do show e tinham variedade nos preços.
Os fãs do astro já estão ansiosos para a próxima vinda do cantor ao Brasil.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

O Teatro Municipal do Rio de Janeiro já foi reinaugurado



Após dois anos e meio de reformas, o Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi reinaugurado com uma cerimônia que durou cerca de duas horas e meia, para 1.200 convidados.
A restauração do teatro contou com o trabalho de 950 profissionais, sendo 350 restauradores, a obra foi avaliada em cerca de R$ 75 milhões.
O Teatro Municipal ganhou novos acessos para possibilitar a circulação de pessoas portadoras de necessidades especiais, foram instalados, elevador e corrimãos duplos.
A infra-estrutura interna também foi modificada, incluindo as partes elétrica e hidráulica. As cadeiras ganharam encosto mais alto e estofado de veludo, o piso mudou de carpete para uma madeira clássica, e a acústica foi melhorada.
O teatro contará com espetáculos para todas as classes sociais.
A reinauguração do Teatro Municipal é mais um ganho para a população do Rio de Janeiro, tanto no aspecto cultural, quanto atividade de lazer.
Os turistas também poderão ter acesso ao teatro, ele ficará aberto a visitação quando não estiver espetáculo.

Referência Bibliográfica:
www.jfnoticias.com/... theatro_municipal_do_rio_de_janeiro_realiza_evento_oficial_de_reinauguracao