segunda-feira, 10 de maio de 2010

Área de risco x Área de rico

Observando os desdobramentos da chuva de março na Cidade do Rio de Janeiro, pude-se perceber a diferença entre áreas de risco e áreas de rico. Nos atrevemos a dizer que "seria cômico, se não fosse trágico". Para exemplificar, iremos utilizar o Morro do Bumba em Niterói e o Alto da Boa Vista.
Estado e sociedade afirmam publicamente que os moradores de comunidades como o Bumba, residem em situação de "risco" por opção, pois não pagam pelos serviços (água e luz) que utilizam. Mas qual o posicionamento deles em relação ao segmento que reside no Alto da Boa Vista, local que se caracteriza como área de risco assim como o morro do Bumba? Qual a diferença entre essas áreas? Qual a estratégia apresentada pelo Estado para esses segmentos?
Enquanto no Morro do Bumba, o poder público apresenta como solução para todos os problemas a remoção das famílias residentes naquele espaço. No Alto da Boa Vista, a solução é recontruir os acessos as casas, quer dizer mansões. A diferença é clara, principalmente se observarmos as iniciativas dos governantes.
O que justifica tal discrepância se nos dois casos as contruções e ocupações representam risco? A resposta para tal questão é exatamente o fato de serem consideradas áreas de risco ou áreas de rico. Enquanto no Morro de Bumba se concentram pessoas de baixo poder aquisitvo, no Alto da Boa Vista reside a nata da sociedade carioca.

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